Há muitos anos houve uma grande seca. Os campos não produziam, os animais e as pessoas quase morriam de sede. Então, os habitantes de Vilar de Figos e os de Faria juntaram-se para rezar pedindo à Nossa Senhora que lhes mandasse chuva.
No fim de oito dias de intensas orações os de Vilar de Figos foram em procissão a Faria sempre a rezar. Lá, organizaram uma grande procissão com os habitantes das duas freguesias onde carregaram o andor da Nossa Senhora do Rosário e cantavam, rezavam à Senhora a pedir a tão desejada chuva. Eis que ao chegarem a Vilar de Figos começou a chover, mas a chover de tal maneira, que apressadamente guardaram o andor de costas voltadas para fora da Igreja e foram todos para as suas casas chamando à chuva “rosas”.
Passado uns dias, os habitantes de Faria foram buscar a imagem da Nossa Senhora do Rosário, mas que ela apesar de ser uma imagem pequena, ficou tão pesada que não a conseguiram levar de volta para Faria. Depois de várias querelas entre os habitantes de Vilar de Figos e de Faria, a contenda foi resolvida com a realização de uma procissão todos os anos, no último Domingo de Abril, com belos tapetes de flores e outros enfeites de flores, em honra da Nossa Senhora do Rosário.